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Alergia a picadas, o que fazer?

Confira a matéria publicada no Jornal Gazeta do Povo, com a alergologista do VITA Batel, Loraine Landgraf.

Tem problemas com picadas de insetos? Confira a matéria publicada no Jornal Gazeta do Povo, com a alergologista do VITA Batel, Loraine Landgraf.

As bolinhas marcadas na pele e a coceira denunciam: você foi mais uma vítima de um pernilongo sedento. E é no verão que eles se atiçam. O calor e o excesso de chuva são perfeitos para que esses insetos se reproduzam com mais frequência, o que faz com que aumente o número de “ataques”.

Pernilongo, que costuma picar no fim da tarde e à noite, Aedes aegypti, transmissor do vírus da dengue, e que costuma atacar de dia ou os borrachudos e também as mutucas (ou seriam butucas)?

Há quem diga que os mosquitos são atraídos pelo sangue doce de algumas pessoas. Se isso tem algum fundo de verdade, a ciência não sabe. Tampouco porque alguns são mais picados que outros. A médica alergologista Loraine Landgraf, do Hospital Vita Batel, lembra que alguns odores doces acabam atraindo os insetos. “Se a pessoa usa muito perfume, spray de cabelo, acaba atraindo os mosquitos”, fala. Para se livrar dos inimigos, os principais produtos que usamos são os venenos químicos, repelentes para o corpo e o óleo de citronela. “Desde que a pessoa não tenha alergia, pode usar repelente tópico que ajuda bastante”, diz. O odor desses produtos afasta os insetos, mas também pode ser desconfortável para quem usa, devido ao cheiro.

Outra opção são os produtos em aerossol. Eles são venenos químicos que literalmente exterminam os mosquitos que estão em um determinado ambiente. Já as pastilhas, que se usam naqueles aparelhos que precisam ser colocados na tomada, funcionam a partir do mesmo princípio da citronela: elas liberam um odor que confunde a sensibilidade olfativa do mosquito, afugentando-os.

Loraine conta que há uma estimativa de que cerca de 10% da população tenha reação alérgica a picada de insetos do tipo hematófagos, como os pernilongos e pulgas. “Principalmente crianças, que podem ter reação mais exagerada. Basta uma picada para desenvolver mais lesões”, explica. Esse tipo de reação alérgica é local. A médica diz que o ideal é fazer uma compressa gelada, para diminuir o inchaço. Se a pessoa sentir muita coceira, o melhor é procurar um médico, que pode receitar um antialérgico ou até uma pomada anti-inflamatória para aliviar o desconforto.

A médica ainda faz uma ressalva, em relação aos insetos himenópteros, como abelhas, vespas e formigas. Nesse caso, os insetos possuem um veneno que pode desencadear uma reação alérgica sistêmica, que é muito mais grave. Pesquisas mostram que nos Estados Unidos, cerca de 3% da população tem esse tipo de alergia. No Brasil, não há uma estimativa, mas é possível checar se há risco de alergia com um exame de sangue. “A picada desses insetos é dolorida e a reação é muito rápida. A pessoa começa a inchar e pode entrar em choque anafilático”, explica. Nesses casos, procure um médico o quanto antes.

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